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País do Futebol versus País do Marketing - A diferença do futebol no Brasil e Estados Unidos, 2007

O artigo "País do Futebol versus País do Marketing, A diferença do futebol no Brasil e Estados Unidos", foi concebido como projeto de conclusão de curso da Pós Graduaçao de Gestão e Marketing Esportivo, pela Instituição ICPG, em 2007. Venho a publicar ele após um debate sobre as diferenças que ainda temos com o amigo Thomás Santos, no Canal Foto Fut TV: https://www.youtube.com/fotofuttv


Cristiano Schmidt Andujar

Orientador: Nicolas Caballero

Resumo

A indústria do entretenimento está sendo cada vez vais explorada no mundo. É o mercado que mais cresce, trazendo rentabilidade a seus investidores. O futebol está inserido neste mercado como uma forma de entretenimento, podendo ser considerado uma atração turística. Talvez o esporte mais praticado no mundo e que jutamente com as olimpíadas, que são praticadas várias modalidades esportivas, detém o maior evento da terra: A Copa do Mundo. Como todo e qualquer produto lucrativo, o futebol tem que ser bem trabalhado para que ele se reverta em lucro. Neste artigo, o esporte referido é comparado em dois países distintos, porém onde cada um possui a sua particularidade. O Brasil, considerado o país do futebol, tem um dos melhores, se não o melhor material humano neste esporte. Exportador nato de talentos para os principais campeonatos do mundo, sendo a maioria deles na Europa. Poroutrolado, os Estados Unidos da América não têm os jogadores que o vizinho sulamericano possui, mas em contrapartida eles são os reis do marketing. Mesmo não tendo um produto tão bom, os americanos têm o dom de promovê-los. Em uma análise dos campeonatos nacionais dos dois paises em 2006, notamos que o marketing americano aplicado encima de seus produtos, se sobresaiu sobre um produto melhor que poderia ter sido trabalhado de uma forma mais eficiente a partir dos conceitos de marketing.


Palavras-chave: Futebol, Marketing e Marketing Esportivo.

1. INTRODUÇÃO

O esporte é uma forma de entretenimento, lazer, de manter uma forma física, dentre outras qualidades. Dentre as mais práticas de socialização está o futebol, esporte com o maior número de praticantes no mundo. No Brasil o número de praticantes chega a 76% da população. Hoje, o esporte é um grande filão da economia, considerado como entretenimento, a indústria que mais cresce no mundo.

Na Copa do Mundo de Futebol na Alemanha em 2006, a Fifa divulgou que o total de espectadores acumulados nas 112 partidas foi de 32 bilhões. Os Estados Unidos da América, maior economia do mundo, sabe explorar ao máximo todos os ramos do esporte, desde a prática até os seus espetáculos. É o país que mais inventou modalidades esportivas, 25, contra oito do Brasil, que vem na quarta colocação da lista juntamente com o Japão.

O Brasil, o maior formador de talentos no futebol não consegue ter a mesma economia que o vizinho norte americano, que não tem o nosso produto, mas que sabem trabalhar o marketing.

Em 2006, o Campeonato Americano superou o Brasileiro em média de público. São os frutos das estragégias de marketing de um país que sabe identificar os ramos de um bom negócio com um produto simples.

2. DESENVOLVIMENTO


2.1 A INDÚSTRIA DO ENTRETENIMENTO


A indústria do entretenimento é a que mais cresce em todo o mundo. A receita gerada no mundo, com a diversão pode chegar a US$ 1,8 trilhão em 2007. Segundo a previsão da consultoria PricewaterhouseCoopers – US$ 500 bilhões a mais que em 2004.

No Brasil, o setor do entretenimento está em constante crescimento: “O entretenimento cresce célere, à razão mínima de 20% ao ano no país”, relata o advogado Nehemias Gueiros Jr., que trabalha com o chamado show business há mais de 20 anos.

O crescimento fica tão evidente que no dia 14 de março do corrente ano, o site da Associação Brasileira de Engenharia de Produção (www.abepro.org.br) divulgou uma notícia que a Universidade Federal do Rio de Janeiro está abrindo um curso de pós-graduação em Engenharia de Produção de Entretenimento.

O coordenador do curso, José Augusto Kamelem, afirma que o Brasil tem um grande mercado a ser explorado, e que nos Estados Unidos, soma-se “200 bilhões de horas de produção para US$ 300 bilhões faturados por ano, segundo a publicação Entertainment Industry Economics”.

O modelo de entretenimento mais notável é o norte americano, que movimenta bilhões de dólares a cada ano.

Dentre as atividades que mais dão força a esta estatística está o cinema, concentrado em Hollywood; a indústria musical, as televisões com seus seriados, sua literatura, seus parques temáticos, como a Disney, e o esporte.

A invenção do baseball, em 1860, esporte preferido dos americamos, e em seguida na preferência dos americanos, vem o basquete, criado em 1891 e praticado atualmente por mais de 250 milhões de pessoas em todo o mundo.


2.2 O FUTEBOL

Em pesquisas realizadas sobre a criação do futebol, não se chega a uma data exata de quando foi iniciada a prática do esporte.

Porém existem relatos de pesquisadores sobre a prática de jogos com bola por militares, um treino militar, na China Antiga (3000 a.C.). No Japão, integrantes da corte do imperador praticavam um esporte chamado Kemari, parecido com o futebol que hoje conhecemos.

Episkiros, era o nome dado ao esporte grego, praticado por volta do século I a.C., praticado por militares, e que foi aderido pelos romanos após a invasão da Grécia.

Antes de chegarmos ao futebol que conhecemos hoje, há relatos na Idade Média, chamado de Soule ou Harpastum. Ainda praticado por militares, mas um jogo muito violento, com 27 jogadores em cada equipe, divididos por funções.

Na Itália Medieval, o mesmo jogo era nominado de gioco del calico que era o esporte praticado nas praças, e chegou a ser preibido pelo rei Eduardo II, pela sua violência. Criando regras para coibir a violência, a nobreza não deixou o esporte acabar, que chegou a contava com doze juízes para se fazer valer a lei.


2.2.1 O FUTEBOL MODERNO


O jogo futebol que conhecemos hoje, começou a ser desenhado a partir do italiano gioco del calico, que chegou a Inglaterra aproximadamente no século XVII.

Os ingl eses trataram de definir as regras, criando as medidas do campo (120x180m), os arcos, que seriam chamados de gols, e introduzir a bola de couro enchida com ar.

No início praticado por estudantes e filhos da nobreza inglesa, aos poucos o esporte começou a se popularizar. Em 1848, em Cambridge, as regras foram uniformizadas. Em seguida veio a inserção do goleiro (1871), a definição do tempo de partida de 90 minutos (1875), o pênalti em 1891, e em 1907 a regra do impedimento.

A international Board, entidade que estabelece as regras do futebol, comecou a ser organizada em 1885, para no ano seguinte ser formada na Inglaterra, para atender as exigências que o esporte necessitava.

Para a organizar os campeonatos, em 1888, foi fundada a Football League, que comandaria as competições regionais e internacionais.

A FIFA (Fédération Internationale de Football Association), data de 1904, e é responsável por todas as competições de futebol no mundo. A Copa do Mundo de Seleções, mais importante competição mundial de futebol, é organizada pela Fereração Internacional de quatro em quatro anos.

A entidade máxima do futebol tem ainda federações continentais, e nacionais como afiliadas, que por sua vez são responsáveis pela organização dos campeonatos de clubes em suas regiões.

2.3 O FUTEBOL NOS PAÍSES


2.3.1 O MELHOR FUTEBOL DO MUNDO

A história do melhor futebol do mundo começou em 1894, quando o paulistano Charles Miller – considerado o pai do esporte no país, aos 20 anos retornou de 11 anos de estudos da Inglaterra trazendo a primeira bola de futebol e as regras do esporte ao Brasil.

O dia 15 de abril de 1895 data a primeira partida no país do futebol. Funcionários ingleses de sucursais de empresas daquele país, foram responsáveis pelo primeiro confronto em São Paulo entre Companhia de Gás e CIA. Ferroviária São Paulo Railway.

A Seleção Brasileira realiza o seu primeiro jogo oficial no dia 20 de setembro de 1914, perdendo por 3 a 0 para a Argentina fora de casa em um amistoso. Sete dias depois, no dia 27, o Brasil derrota a mesma Seleção sulamericana por 1 a 0, em sua primeira competição, a Copa Rocca.

Mesmo o povo brasileiro tendo começado a praticar o futebol 35 anos antes da primeira Copa do Mundo, no Uruguai em 1930, o Brasil só começou a se destacar 28 anos depois, entrando para o seleto hall dos Campeões Mundiais, em 1958 na Suécia.

Na época romântica do futebol, do maior jogador de todos os tempos, o brasileiro Pelé, o Brasil ainda conquistou o segundo e terceiro títulos mundiais, nos anos de 1962, no Chile e em 1970, no México.

No futebol moderno, a seleção canarinho conquistou os seus últimos dois títulos mundiais, em 1994 (Estados Unidos) e em 2001 (Japão/Coréia do Sul), se tornando o país com maior número de títulos.

Hoje, o Brasil tem um calendário de 11 meses de jogos, o que resta pouco tempo para os atletas descansarem. Menos de um mês, como exige a constituição brasileira, para o “empregado” gozar de férias.

Antes de começar a maratona de jogos, a maioria dos clubes realiza uma pré-temporada, com o objetivo de recolher os atletas para um período de treinamentos intensivos.

A temporada começa com os campeonatos estaduais. No mesmo período que aconcetem os regionais, começam a Copa do Brasil e a Copa Libertadores (Sulamericano de clubes). No final do primeiro semestre começam os Campeonatos Brasileiros da Série A, B, e no começo do segundo, o da Série C e a Copa Sul-Americana. Encerrando o calendário, em dezembro há a Copa Mundial de Clubes, no Japão. Em 1971 é organizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) o primeiro campeonato nacional de clubes.


2.3.2 O FUTEBOL NO PAÍS DO MARKETING


A história do futebol nos Estados Unidos da América (EUA), vem de longa data. Os primeiros registros, de acordo com a cronologia da Federação Americana são da época de 1620, quando indios da costa de Massachusetts praticavam uma forma de futebol.

Em 1820 o esporte é introduzinho nas universidades, sendo praticado em torneios entre as mesmas. Em 1862, é formado o primeiro órgão organizador do esporte americano.

1885 e 1885 datam como sendo realizadas as primeiras partidas Internacionais fora das Ilhas Britânicas, entre as seleções dos EUA e do Canadá.

Mais algumas organizações são formadas até ser fundada em 1913, a United States Soccer Federation (US Soccer) - Federação norte Americana de Futebol.

Nomeada de USFA (United States Football Association), as primeiras partidas em 1916, quando em excursão na europa realizaram seus amistosos diante da Noruega e da Suécia, vencendo três, ampatando duas e perdendo uma partida.

Em 1921 é organizado o primeiro campeonato nacional, pela American Professional Soccer League (APSL) e que contou com sete equipes.

Entre 1968 e 84, quem organizou o campeonato foi a NASL (North American Soccer League). Em 1975, o time New York Cosmos assina com o melhor jogador do mundo, Pelé, por 4,5 milhões de dólares.

Em 77, Pelé participou de um amistoso entre a sua equipe Americana, o Costos e a sua brasileira, o Santos, a qual levou 77.202 pessoas ao estádio do time futebol americano Giants, em Nova York.

No mesmo ano a NASL assinou um contrato para a transmissão de sete partidas por uma rede de televisão nacional.

A MLS (Major League Soccer), desde 1996 é quem organiza o campeonato americano. Hoje a liga possui treze equipes, divididas em duas conferências (Leste e Oeste).

Como no país, há uma temporada com baixas temperaturas e nevascas, o calendário americano tem início com a sua pré-temporada no mês de março, tendo o término das competições em novembro.


Tabela 1 – O público Norte Americano




2.3.3 PAÍS DO FUTEBOL X PAÍS DO MARKETING

2.3.3.1 DIFERENÇA ECONÔMICA E DEMOGRÁFICA

Os dois dispoem de tamanhos continentais, entre os cinco maiores do mundo, mas os quisitos silimares acabam e começamos a comprar o povo de um país de primeiro mundo (EUA) com um de terceiro.

O País do Futebol possui uma população de um pouco mis de 184 milhões de habitantes (2005) com um Produto Interno Bruto avaliado em quase 600 bilhões de dólares (2004), para uma renda per capita avaliada em US$ 3.220.

Já o País do Marketing, de primeiro mundo, tem quase um 300 milhões de habitantes, com um PIB de 11.713 bilhões de dólares, e uma renta per capita de US$ 39.227.

O povo brasileiro, mesmo tendo que passar por tantas dificuldades, tem uma alegria muito grande, e sabe viver. Talvez o grande número de atletas de ponta venha de uma falta de oportunidade, de um emprego, de condições que o governo tem a obrigação de oferecer e não oferece, ao contrário do nosso irmão do norte.

Tabela 2 – PIB do esporte: Brasil e Estados Unidos




2.3.3.2 SELEÇÕES NACIONAIS

O Brasil é o país com maior número de títulos em mundiais da FIFA, ele detém cinco (1958, 62, 70, 94 e 2002), tendo disputado todas as 18 edições das Copas do Mundo. É atualmente o terceiro no Ranking da Fifa de Seleções (Março/2007).

O recorde no topo da lista é da seleção canarinho, ficando por mais de 11 anos, desde a sua criação em 1993.

Com oito participações, os Estados Unidos possuem como a melhor colocação o terceiro lugar, conquistado no primeiro mundial organizado, em 1930. No Ranking da Fifa, aparece na 23ª colocação.

No confronto direto entre as equipes, o Brasil venceu em nove oportunidades, marcando 16 gols, e os EUA em uma, com cinco gols.

2.3.3.3 CAMPEONATOS NACIONAIS – A COMPARAÇÃO

Tendo por base os campeonatos nacionais de Futebol Profissional nos dois países em 2006, pode-se verificar uma certa igualdade em alguns números.

A disparidade acontece quanto ao número de praticantes e clubes profissionais. No hemisfério sul o nacional é dividido em três divisões: A, B e C.

Na primeira e segunda divisão competem 20 times em cada uma, disputando os títulos e para não serem rebaixados. Na terceira divisão são mais 63 times, totalizando 103 times que participam da competição nacional.

Do lado de cima da linha do equador, o campeonato contou com a participação de 12 times em 2006, ampliando esse número com a criação de uma equipe canadense, que disputa a mesma competição da Liga em 2007.


2.3.3.3.1 LATINOS NOS ESTADOS UNIDOS

Nos Estados Unidos há uma grande população de imigrantes, e eles são, em sua grande maioria, latinos, (principalmente mexicanos, por sua fronteira). Ainda podemos verificar esta afirmativa, observando a segunda língua mais alada nos EUA: o espanhol.

Assim como os brasileiros, o povo latino tem uma grande identificação com o futebol. Os dois primeiros títulos de mundiais da Fifa foram para o Uruguai (1930 e 34) e a Argentina conquistou outros dois (1978 e 86). A América do Sul detém nove títulos, o mesmo número da Europa, continente que foi criado o futebol. A Itália possui quatro (1934, 38, 82 e 2006), a Alemanha três (1954, 74 e 90) e Inglaterra (1966) e França (1998) possuem um título.

Os sul americanos tem uma grande participação no mercado de futebol dos norte-americanos. Eles são responsáveis por uma boa parcela dos torcedores nos estádios. No lado de dentro de campo eles também tem a sua participação.

Ídolos mexicamos, jogadores brasileiros e no segundo semestre desse ano, um dos jogadores mais importantes de uma seleção nacional.


2.3.3.3.2 A IMPORTAÇÃO

A exemplo de Pelé, que levava grandes públicos aos estádios americanos jogando pelo Cosmos de Nova York, David Beckhan, capitão da seleção Inglessa foi contratado para atuar na MLS pelo Los Angeles Galaxy, com um contrato milionário que inclui direitos de imagem.

Por ser uma liga, e todos os clubes serem “sócios”, os lucos também são divididos, e em sua grande maioria são destinados as ações de marketing, para popularizar o esporte no país e para trazer público aos estádios.


2.3.3.3.3 O PÚBLICO

O público médio no campeonado da Major League Soccer – competição nacional Americana, foi maior que a média do futebol pentacampeão na temporada 2006.

No campeonato americano, os times se enfrentam várias vezes, no brasileiro há apenas dois confrontos entre cada clube: um em cada cidade.

Os sulamericanos colocaram 6.625.512 de torcedores nos estádios em 380 partidas, enquanto os norte americanos colocaram quase três milhões (2.976.786) em 192 confrontos. A média por jogo é de 15.504 na MLS, contra 12.401 no Campeoato Brasileiro da Série A (primeira divisão).

Os norte-americanos colocaram, em média, mais de três mil espectadores nos estádios do que os brasileiros.


2.3.3.3.4 PREÇOS

O fanatismo dos sulamericanos pode esbarrar nos preços dos ingressos praticados, pelo Brasil ser um país subdesenvolvido e o poder aquisitivo ser menor do que o de um americano.

Os preços praticados são equivalentes tendo por base o Chicago Fire (Chicago – EUA) e o Figueirense (Florianópolis – Brasil). Mas se for analizado o poder aquisitivo e os padrões de vida, os valores encontrados no país pentacampeão são caros.

Lá o ingresso mais barato sai por 20 dólares, e aqui, por 12,50 (25 reais); os mais caros saem por 45 e 40 (80) respectivamente. Na categoria dos souvenirs, as camisas oficiais dos times tem um custo de 80 dolares as americanas, e de 60 à 100 (120 à 200 reais) as brasileiras, já as das seleções nacionais são 90 e 80 dolares (159 reais).

Para evitar a pirataria, o mercado americano criou os produtos licenciados que são de fácil acesso aos torcedores menos favorecidos. Um exemplo são as réplicas de camisas de jogos, e as de treinos. No nosso mercado os produtos mais acessíveis são os pirateados, o qual não revertem lucros aos times.

Equivalência de preço e até agora não há uma lógica para dar explicar a diferença na média público nos estádios.


2.3.3.3.5 PÚBLICO E RENDA

Tabela 3 – Público e Renda – Campeonato Brasileiro 2006



Tabela 4 – Público e Renda – Campeonato Americano 2006



2.3.3.3.6 AS NOVAS PRAÇAS


Estratégias de marketing, promoções, condições de infra-estrutura com estádios novos – estádios não, arenas de futebol que podem ser aproveitadas para shows, e que primam pelo conforto são os diferenciais.

Estádios novos, dos 13 times da liga Americana existem oito que possuem estádio construído para o futebol. Modernos, eles começaram a serem construídos em 1999 em Houston, e a partir de 2003 vem sendo construído um por ano. Este ano, dois novos começaram a serem utilizados: Toronto e Coloraco, com capacidade de abrigar 20 e 18 mil torcedores respectivamente. Os demais times utilizam a estrutura do Futebol Americano (quatro) e do Basebal (um).



Figura 1 – Toyota Park para 20 mil lugares, Chicago/EUA

Fonte: Autor, 2006

No país de futebol as praças esportivas são estádios olímpicos, gigantes, monumetais, que foram construídos na época do futebol charmoso, mas que o importante era a capacidade, tendo um outro conceito de comforto.

O público, cada vez mais exigente, prima pelo conforto, um bom acento, uma variedade de bares para fazer um lanche, lojas para vestir o torcedor, itens que raros estádios brasileiros disponibilizam.

Estádios antigos, como Maracanã (Rio de Janeiro/RJ), Mineirão (Belo Horizonte/MG) e Morumbi (São Paulo/SP) são exemplos de estádios projetados para receber um grande público, mas que com o passar do tempo, com as mudanças dos conceitos de conforto e segurança, suas capacidades caíram em até 50%.



Figura 2 – Estádio Orlando Scarpelli para 19 mil espectadores, Florianópolis/Brasil

Fonte: Autor, 2007

Tabela 5 – Estádios Norte Americanos



2.4 A COMPARAÇÃO


Com base na comparação entre Brasil e Estados Unidos mais uma vez verificamos a disparidade socio-econômica das duas nacões. No quisito futebol, no confronto direto entre seleções, o Brasil tem a vantagem, porém nos campeonatos organizados nos dois países, o norte americano, com a ajuda do marketing, está se sobresaindo sobre o sul americano.

Tabela 6 – Brasil x Estados Unidos


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diferenças econômicas, sociais, de material humano – talento, mas podem ser superadas com criatividade, como no modelo dos Estados Unidos. A pesquisa mostra a criatividade dos americanos para arrastar milhares de simpatisantes aos estádios de futebol, enquando isso no país pentacampeão mundial, o crescimento do esporte esbarra nos dirigentes e governantes.

Uma mentalidade diferenciada que trata o futebol como espetáculo inserindo cara vez mais como entretenimento e fazendo com que haja interação é o grande diferencial para as ações de marketing. Camisas liçenciadas a preços acessíveis a todas as classes sociais, ingressos com preço popular, adaptada a sua economia. Essas são as ações que fizeram que com que o campeonato de futebol (soccer) fosse mais assistido em 2006 do que a competição que mais revela jogadores no mundo, o Brasileiro.

Investimentos em marketing são as grandes virtudes para fazer com que o público volte aos estádios brasileiros. Obviamente que o conforto, segurança e o espetáluco, a interetividade detem fazer parte dos planos de investimentos.

Uma alternativa para arrecadar mais no país do futebol é mudar o enfoque do público que assiste aos jogos em campo, trazendo os que detém um maior poder aquisitivo. São aqueles que não vão apenas para torcer, que não importa o resultado da partida, mas a diversão, fazendo um programa de família, gastando não apenas com um pouco a mais com um lanche, comprando uma camiseta do clube de coração ou um souvenir.

Gerando segurança e conformo, pode-se aumentar o valor do ingresso, fazendo com que o público que vá aos estádios seja aquele que não vai sozinho, mas sim um pai de família que leve a sua esposa e seus filhos para um programa de domingo, trocando um paseio no parque por um jogo.

Os torcedores de menor poder aquisitivo poderiam ter um setor específico, simples, porém também tem o sistema de TV pay-per-view, no qual a compra de um jogo para assistir sai quase pelo mesmo preço de um ingresso para o estádio, sendo que este valor pode ser dividido entre amigos, tornando mais viável.

4. REFERÊNCIAS

2006 MLS Standings.

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Acesso em: 30 abril 2007.


Beckham já gerou US$ 13 milhões para time dos EUA.

BBC Brasil.com, Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2007/04/070419_beckhamrendaeuafn.shtml>.

Acesso em: 30 abril 2007.


BUARQUE, Ricardo. Esporte – Uma Aposta com Retorno Garantido.

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Campeonato Estadunidense de Futebol.

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Campeonato Estadunidense de Futebol.

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Acesso em: 30 abril 2007.


Charles Miller.

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GRANDA, Alana. Univerdidade Federal do Rio de Janeiro vai abrir curso de Pós-Gradação em Engenharia de Produção de Entretenimento.

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HAIDAR, Rodrigo. Diversão é coisa séria.

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NOGUEIRA, Cláudio. Usinas de Sonhos e Dinheiro.

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Acesso em: 30 abril 2007.

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